domingo, 27 de janeiro de 2008

Homicídio culposo



- Por que você não enfia uma faca no meu peito?
- Estás maluca?
- Garanto que doeria menos.
- Pára de fazer drama! Eu nunca menti pra você.
- Ah, não? E aqueles olhares apaixonados?
- Faziam parte do jogo de sedução.
- Você precisava se ver quando eu dançava pra você.
- Todo homem fica enlouquecido com mulheres que fazem dança do ventre. Aqueles movimentos... tão convidativos... É tesão, não tem nada a ver com amor e seus parentes próximos.
- Você está me matando com isso.
- Eu preciso ir embora.
- Isso, corre pros braços da amélia que te espera em casa! Aquela sem sal nem açúcar. E pior: sem pimenta!
- Eu nunca te dei liberdade pra falar assim da minha mulher!
- Você nunca me deu nada. Só sexo.
- De boa qualidade.
- É verdade. Não posso discordar. Então é a única coisa que posso te pedir na nossa despedida.
- Só se eu tiver direito a um pedido também.
- ...
- Dança pra mim?!

13 comentários:

Edu Guimarães disse...

Parece-me uma troca injusta, já que o que ela tem para dar é amor, e ele, ele não está dando nada.

Critical Watcher disse...

E o que ela faz?
Aceita o pedido dele em troca de sexo?
Que tal esquecer esses desejos e valorizar um pouco mais essa beleza encantadora?

Ps.: É preciso muito equilíbrio pra conseguir dançar com sedução pra alguém que só lhe quer em prol do prazer.

Critical Watcher disse...

Ei, me ensina a fazer com que não copiem meus textos!?!

^^

É tão importante!

Critical Watcher disse...

E outra...
Como faço pra mudar esses layouts?
Não tenho nem noção. Sou novo por aqui... Beijo!

Anônimo disse...

Concordo com o mocinho aí em cima. É preciso muito jogo de cintura (literalmente!) para ser usada sabendo do fato. A menos, claro, que a intenção dela seja apenas usar também. (mas acho que não é o caso...)
LIndo, como os outros.

Beijos.

La Maya disse...

Aiii safado... Ele mentia sobre os olhares apaixonados... Ah, mentia sim!

Por que é que homens (e mulheres) fingem tão desesperadamente sobre as coisas do amor? Pra se preservar?? Mas... mas... mas não vai doer de todo jeito, porra?? Então se joga de uma vez, assume o risco, assume a dor, assume o amor, assume tudo.

Porque doer pela metade é coisa de covarde, de broxa. E de orgulhoso. Mas orgulho pra quê?! Quem escolhe doer pela metade está escolhendo uma outra coisa que, pra mim, decididamente, NÃO tem o nome de VIDA.

Nossa Jô, nem sei de onde veio isso agora! Tomei as dores de alguém, no mínimo, se não relembrei as minhas próprias e não me compadeci das suas! E, sabe, adoro texto que me provoca isso!

Sobre as curtas linhas lá no blog, é como se eu vivesse num eterno déjà vu... elipses: outra palavra que assombra minha vida... Um dia ainda vamos conversar sobre isso (passa depois seu msn por depoimento?).

E sim, sou completamente encantada por aviação, embora não entenda muito de modelos. Isso desde pequena, quando visitava, ainda no colo do pai, a fazenda onde nasceu Santos Dumont (pai é de lá, terrinha boa!...), e via aqueles modelos espalhados pelos jardins da casa... Acho lindos os aviões militares, muito embora partilhe da dor de Santos Dumont por terem sido feitos para as guerras. Acho lindos, principalmente os modelos antigos, e o Demoiselle é meu preferido. Dá uma nostalgia gostosa quando vejo fotos e desenhos, como se eu tivesse algum dia vivido naquela época...!

Hahaha, vive em pé de guerra com seu computador é?! E ele ainda ganha?!! Não acredito, tsc tsc...! Espero que com seu aparelho de DVD as relações sejam boas, porque indico agora o "Pergunte ao Pó" (já tinha falado sobre ele? Ahh, o meu lado Dori sempre presente e atuante...!!).

E não é que tentei acessar a página do Nil e também não consegui?! Pode ser que ele tenha deletado por causa do trabalho novo na tevê, que anda tomando muito tempo e dedicação da parte dele. Mas vou lá saber no orkut dele... deixe estar. Porque ir embora assim, sem se despedir, pode não!

Bisous mon ange!

Pushoverboy disse...

Obrigado pelo comentário... que bom que você gostou!! Quanto ao seu post, bem... Cafageste e com respaldo hein?? O pior que acontece o tempo todo... ela deve ter um auto-estima la em baixo... triste por ela! Esse tipo de comportamento que deixa margem pra generalizações do tipo: "homem nenhum presta". Que por sinal odeio... eu sou HOMEM e PRESTO.
Bjos moça. :)

Luana! disse...

Talvez, o sexo já não tenha mais qualidade, nem a dança seja mais tõ sedutora, com tanta revelação. Em alguns momentos, o quê apimenta uma relação tão caliente é, exatamente, a ilusão de quê tudo é da alma, enquanto eles só falam em corpos...olhos, dança, sexo...

Beijoooooooooooo

Anônimo disse...

no fim tudo se resume, se resume, se resume...
e amor que era bom? nem sinal
um texto que faz pensar!
beijoo

Mafê Probst disse...

Mulher sem pimenta é que nem café sem açúcar: intragável.

Camila... disse...

Seus escritos são sempre um convite - para pensar naquele amor do passado e relembrar o que foi bom e tb para abstrair o que não interessa e ficar com o que valer a pena. É muito bom passar aqui - mas às vezes dói um cadinho, sabe!? rs

Ah, fiz a minha listinha de programas bacanas em SP mas acabei indo pra praia. Foi um dia bom. :)

Beijo, menina querida!

fjunior disse...

o último desejo... são tão cruéis as vezes...

Gabriela. disse...

Jô, genial!

E real!

É bem assim mesmo.
Eu faço/fazia dança do ventre (vivo saindo quando enjôo e voltando qdo sinto saudades) e meu namorado nunca gostou muito da idéia. Acho que ele concorda que é sensual demais...

vem cá, vc dança tb?

Eu agora estou tentando aprender Tribal Music.