quinta-feira, 29 de maio de 2008

Vivendo e aprendendo a jogar

A sombra projetada pela luz nem sempre é fiel. Algumas vezes é uma versão melhorada. Esconde as imperfeições e omite os detalhes.

sábado, 24 de maio de 2008

Detalhes

Não, não se trata de uma postagem sobre ou que faça qualquer referência a Roberto Carlos. Estive pensando outro dia como às vezes passamos insensivelmente despercebidos por imagens comuns e belas, como a correria nos estraga... resolvi então relembrar algumas cenas que registrei e que, agora, olhando, entendo o porquê do registro.


Sensação

Inspiração chuvosa





Metáfora



Sorridente



Morte flutuante





Rio-rua






Sob a ótica arruinada





O reflexo da beleza


Dos sonhos infantis

Conversa poética


Paredes verdes

Anoitecer entrefolhas

Infinito íngrime

Ao abrir a porta

sábado, 17 de maio de 2008

Das despedidas ou Das pessoas que vão embora ou (ainda) Das coisas que doem

Nada mais freqüente que se despedir de pessoas queridas. Acho que até a bolsa de valores sobe e desce menos do que eu vou ao aeroporto para ver pessoas que adoro cruzarem o portão de embarque. É... acho que sou eu que vou apagar a luz.

domingo, 11 de maio de 2008

Do tédio eterno



- Sonhei que eu morria e virava um anjo... Quatro problemas: 1) impossível, porque não levo lá uma vida muito virtuosa; 2) o céu era mais entediante do que nas minhas piores expectativas, sendo que eu não sei tocar harpa, logo, não tinha nada para fazer e não me deixaram levar os meus livros (imagina a eternidade sem livros!); 3) detesto branco e lá não tinha outra opção de cor; 4) tenho fotofobia, e é tudo muito claro por lá. Resultado: serei mais má, para não correr o risco de ir pr'aquele lugar de verdade.


A amiga ortodoxa, depois de transmitir todo seu choque em uma expressão impagável, caiu de joelhos:

- Senhor, ela não sabe o que diz. Perdoe-a.


- Nossa, como é bom chocar os fundamentalistas, pensou Mariana.


domingo, 4 de maio de 2008

Dos casos mal resolvidos

Parte IV ou Final
Como fora tola ao não acreditar naquele telefonema que agora lhe vinha à memória com uma nitidez surpreendente:
- Eu me caso amanhã.
- Você só pode estar de brincadeira. E adianto que não tem a menor graça.
- Falo sério.
- Boa sorte então... o que mais posso te dizer?
- Se disser que fica comigo, eu não caso.
- Faz seis meses que não nos falamos e você me liga pedindo uma decisão dessa? Assim, de repente?
- Eu sei que não é a melhor maneira. Mas eu não poderia deixar de dizer que era a sua mão que eu gostaria de segurar amanhã, no altar.
- É... mas não será a minha mão.
- Por que você não quis.
- Você deu a ela aquele par de alianças?
- O nosso? Jamais. Aquele estou guardando pra você.
- ...
- Você vai mesmo me deixar ir?
- Você precisa resolver isso sozinho.
- Só há uma pessoa que me faria não casar amanhã: você. Nada mais justo do que perguntar a você o que acha disso.
- Acho que você deve ficar com quem vai dar o que você espera.
- Ok. Acho que essa é a minha resposta.
- É, é sim...
- ...
- Felicidades.
.
No dia seguinte Isadora foi trabalhar com os olhos inchados e um mau humor evidente até para desconhecidos.
.
- Senhora. Senhora!
- Hã!?
- O taxímetro está ligado.
- Ah, certo... quanto devo ao senhor?
.
Isadora estava anestesiada. Depois de um telefonema como aquele na noite anterior que a deixara num estado deplorável, aquela foto no jornal. O que mais poderia acontecer?
.
- Então, Isadora... você é uma excelente funcionária. Mas estamos cortando despesas... a empresa passa por um momento difícil. Sei que você entende.
.
Se eu encontrar Murphy na rua, ele está perdido, pensou. Passou em uma banca de revistas. Comprou os classificados.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Das reflexões


- A saudade do que não se viveu ou do que não é seu é um veneno sem antídoto.