
Você me fez mais feliz do que eu julgava ser possível. Entretanto, já não consigo conviver com o seu olhar indiferente, com o seu amor em putrefação. Não me despedi pessoalmente porque eu sei que não conseguiria. Mas escrevo essa carta com sangue, sangue que verte do meu peito aberto, com o coração exposto, pulsante. Coração que você guardou em uma caixa junto com coisas importantes e que agora devolve ao lugar sem fechar a ferida. A cicatrização é lenta, eu sei. Mas eu te privo de acompanhar esse processo doloroso. Vou-me. Para sempre. Para o mundo. E espero nunca mais o encontrar.
[Pegue-me no colo, diga que ainda me ama e que me quer aqui, junto de você, para que embalsamemos o nosso amor]
Adeus,
F.
15 comentários:
mais um de nao conter...
o olhar indiferente eh um dos pesares mais dolorosos de uma relaçao, creio eu.
adoro tuas palavras saboreaveis.
ao que me referi no post anterior foi sobre o "Quem me enganou fui eu."
familiar no sentido de que tantas e tantas vezes nos nos enganamos... e pior, sabemos que isso, de uma forma ou de outra, vai acontecer de novo... rsrs
faz parte.
beijocas jo!
Despedidas, indiferenças, essas coisas fodem com a nossa vida...
É incrível como vc consegue passar esses essas partidas nos seus textos...Adoroo!
beijo!
Eu não gosto das palavras 'nunca' e 'pra sempre'. Não só porque não somos donos do tempo, mas tb porque mudamos nossas opiniões e sentimentos, de acordo c as situações.
Pode-se querer ir, mas a ida pode durar um breve momento. Dirá o amor!
Beijoooo
este me lembrou aquele outro, aquele que ela enterrava o passado no ceminetério mais próximo...rs
O título desse post poderia ser "vou ou não vou?". rs
Esses processos, em geral, ferem, é verdade. E acho certo privar o outro de ver os estragos que as circunstâncias causaram.
:)
Vai depender dele agora, né?
Xi não é nada, mó velho o all star
rsrs
Beijo's Jô
Acho que o título deveria ser "Vôo".
Adorei o "Querido meu,".
Beijos.
Adeus que dói.
E qual não dói?!
;D
um beijo, Jô!
Isso me lembrou uma carta que escrevi a uma pessoa, há algum tempo. a difença é que me referi a ele como "ao meu que nunca foi meu". sua carta me refez revisitar lembraças de uma época ruim, mas que me deixou mto aprendizado.
Dona Jô anda numa fase de despedidas, pelo jeito.
Apesar de tristes, são belíssimas.
Espero que sejam apenas literárias.
=)
Beijo
Ah, por que não tomei vergonha na cara e não te li antes?! Amei o texto, as palavras, a poesia. Você é realmente boa e evidencia uma sensibilidade muito bem usada a seu favor. Bjos e o prazer, claro, é todo meu! Linkei-te!
é sempre assim, não é?! Difícil partir quando ainda existe sentimento. Ainda mais difícil partir para preservar o que resta de sentimento...
Gostei muito.
beijos daqui...
Senti uma pitada de saudade neste texto e lembrei-me de um trecho de Neruda:
(...)
Saudade é o inferno dos que perderam,
É a dor dos que ficam pra trás,
É o gosto de morte na boca dos que continuam.
(...)
Muito lindo o texto.
Ai, esse ir sem querer ir, mesmo envolvida por uma dor que sufoca... Será que existe algum jeito de fazer dos relacionamentos experiências um pouquinho menos dolorosas...?
Há tantas linhas entre os poucos caminhos...
A paixão envolve cada texto seu de maneira sublime.
beijos
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