tag:blogger.com,1999:blog-26885316922835115202024-02-06T21:34:19.199-08:00FragmentosJôhttp://www.blogger.com/profile/17942716613389461643noreply@blogger.comBlogger176125tag:blogger.com,1999:blog-2688531692283511520.post-87246203774235545002019-10-04T15:15:00.000-07:002019-10-04T15:24:30.846-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqUBq8yLLwN8yBKzHiIUQ-hRZNj4IAnEOLC0ldaK29PKuz07cjgrsRmtfV8OCb83ZZzXLLZDHIy0DBoo6OjxhvtELNCiMQIZ1jjq5Sl4wYdWTN-bgMdOooavDngM28UC2lUwz7FPyaANLc/s1600/2%252B2%253D5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="359" data-original-width="462" height="248" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqUBq8yLLwN8yBKzHiIUQ-hRZNj4IAnEOLC0ldaK29PKuz07cjgrsRmtfV8OCb83ZZzXLLZDHIy0DBoo6OjxhvtELNCiMQIZ1jjq5Sl4wYdWTN-bgMdOooavDngM28UC2lUwz7FPyaANLc/s320/2%252B2%253D5.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
- Acho que ainda podemos ser felizes.<br />
<div>
- Felicidade é algo abstrato demais pra mim.</div>
<div>
- As coisas mais bonitas da vida são abstratas! </div>
<div>
- Discordo. Pra variar, não é?</div>
<div>
- O que você quer dizer com isso? </div>
<div>
- Querido, não sou o tipo de pessoa que quer dizer, eu simplesmente digo.</div>
<div>
- Sempre se vangloriando por sua sinceridade à flor da pele. Saiba que isso nem sempre é uma qualidade, viu?</div>
<div>
- Eu sei disso, mas saiba também que abstrair demais, NUNCA é uma qualidade.<br />
- Sim, mas nem tudo é matemático. E eu menos ainda. </div>
<div>
- É, eu notei. Se somos tão diferentes assim, por que insistimos em ficar juntos? </div>
<div>
- Nós já não estamos juntos faz muito tempo. Nos últimos meses, apenas dividimos o mesmo espaço, mas eu sabia que essa coexistência pacífica não duraria muito.</div>
<div>
- Claro, você e a sua eterna mania irritante de polemizar tudo. Sempre. </div>
<div>
- Não se preocupe com a polêmica, preocupe-se quando eu silenciar. Aí sim, pode ter certeza de que não restou nada. E quando isso acontecer, saia sem se despedir. Até o ruído surdo do seu sapato no chão vai me aborrecer.<br />
- Pode ter certeza de que sairei à francesa antes disso.<br />
- Obrigado.<br />
- Você sempre subestimou meus sentimentos, só porque tento ser racional.<br />
- Acho que já passamos dessa fase. Reparou o quanto temos coisas que nos incomoda um no outro?<br />
- Isso é um relacionamento, não?<br />
- Isso é cansativo.<br />
- Relacionamentos são cansativos.<br />
- Ou você que desiste fácil de tudo.<br />
- Talvez você tenha razão. Por que eu faria diferente agora, não é? Amanhã passo para buscar minhas coisas e deixar as chaves.<br />
- É sério isso?<br />
- Vou pra um hotel essa noite.<br />
<br />
E o barulho da porta se fechando ecoou na cabeça dele por toda a madrugada. Ela era inacreditavelmente presunçosa. E ele irremediavelmente apaixonado. </div>
<div>
<br /></div>
Jôhttp://www.blogger.com/profile/17942716613389461643noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2688531692283511520.post-84435037496753418552017-09-03T15:49:00.000-07:002017-09-06T03:01:45.575-07:00Superego*<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOZEl97zg-w-Fc8GL3p5_mvrlVuxkGspYmc2Y-NypBBbjJg1vbQKkqrYmmBByAFdPHFMKlOf6OWD67HqRdT59It4BKyCG4P0SGKpnAusDyATNJdzqmoAkcqfYdrL559bB6eitxA3jzPs_p/s1600/received_10213948577419062.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="338" data-original-width="236" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOZEl97zg-w-Fc8GL3p5_mvrlVuxkGspYmc2Y-NypBBbjJg1vbQKkqrYmmBByAFdPHFMKlOf6OWD67HqRdT59It4BKyCG4P0SGKpnAusDyATNJdzqmoAkcqfYdrL559bB6eitxA3jzPs_p/s320/received_10213948577419062.jpeg" width="223" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
PARTE I</div>
<br />
Ela o conheceu por meio de amigos em comum. De imediato o achou muito interessante. Acostumada aos homens rasos e sem conteúdo que conhecera, encontrou num leitor de Eco aquela certa profundidade que sempre procurava.<br />
<br />
- Alice, ele tem namorada. E que namorada! Uma moça tão interessante quanto ele. De uma gentileza constrangedora. E pior: você a conhece! Dizia a si mesma, enquanto fingia prestar atenção à conversa.<br />
<br />
Ele parecia curioso em relação a ela. Fazia muitas perguntas. Alice respondia a todas animadamente, tentando disfarçar seu interesse. No desenrolar do almoço, quando percebeu, ele estava sentado ao seu lado. E entre um passar de travessas e outro, observou que ele sempre a tocava. Não deliberadamente, com malícia, mas sentia a necessidade do contato. Anotou mentalmente essa informação.<br />
......<br />
<br />
Os outros dias correram normalmente. Ele dava cada vez mais atenção a ela. Ao mesmo tempo que isso a incomodava, envaidecia. E, dessa forma, seguiram os encontros seguintes, nas entrelinhas.<br />
<br />
......<br />
<br />
Perguntava-se, agora, com o privilégio da distância, em que momento se envolveu naquela teia. Cometeu o erro da proximidade, o que a colocava numa posição difícil qualquer que fosse sua decisão, já que a proximidade era em relação a ambos.<br />
<br />
* Texto escrito a quatro mãos com Katy Karen, do blog www.alter-egua.blogspot.com<br />
<br />Jôhttp://www.blogger.com/profile/17942716613389461643noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2688531692283511520.post-28673958589712023082016-05-23T13:09:00.001-07:002016-05-23T13:09:50.686-07:00<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiAfmhyGJKgapGCRPIM3j-BFsASz9D7yA3N6_zDHFCNibYjnQIgaVlXVELIKd5RrIKpUFqT0SBimFE-qM6rCxBj5SIYr-T3s_hvFdyP4hI17XGNioFdF7r63kL85-M8thFyKSdjtb1hoXB/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="202" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiAfmhyGJKgapGCRPIM3j-BFsASz9D7yA3N6_zDHFCNibYjnQIgaVlXVELIKd5RrIKpUFqT0SBimFE-qM6rCxBj5SIYr-T3s_hvFdyP4hI17XGNioFdF7r63kL85-M8thFyKSdjtb1hoXB/s320/images.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
Eles fizeram um pacto de não se encontrarem mais, por saberem que não resistiriam um ao outro e por não funcionarem bem juntos. Estabelecidos os termos, em uma noite de saudade, ele escreve: queria muito te rever, mas nosso acordo não permite.<br />
<div>
<br /></div>
<div>
Ela responde reticente: é, não permite...</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Ambos encarando o celular sem saber o que dizer, cheios de vontade. </div>
<div>
<br /></div>
<div>
Ele pede uma foto dela. Ela hesita, mas manda uma foto enquadrando seu pescoço e sua boca com um sorriso de canto.<br />
<br />
- Por que você faz isso?<br />
- Foi você quem pediu, ora.<br />
- Eu sei, mas não preciso de foto para lembrar de você.<br />
- ...<br />
- Vou te buscar.<br />
- Não...<br />
- Você não quer?<br />
- Vou praí, me espera.<br />
<br />
Às 23h40 ela sai de casa. Cheia de dúvidas, se questionando por que eles não se deixavam seguir em frente.<br />
<br />
Ele abre a porta, sorri. Beijam-se sofregamente. Ele a puxa para dentro pela cintura, fecha a porta e a aperta contra si, ansioso.<br />
<br />
*******<br />
<br />
- Se fosse só sexo seria mais fácil.<br />
- É, o que nos mata é esse carinho que temos um pelo outro.<br />
- Por que não ficamos juntos?<br />
- Já discutimos isso.<br />
- Vamos rediscutir, a gente não consegue se afastar.<br />
- Ou não tentamos o suficiente.<br />
<br />
*****<br />
<br />
Aquele som de adeus já era velho conhecido e nem os assustava mais, pois sabiam que não duraria muito.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
</div>
Jôhttp://www.blogger.com/profile/17942716613389461643noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2688531692283511520.post-12057871243045545312015-11-18T04:42:00.000-08:002015-11-18T04:44:18.693-08:00Das respostas malcriadas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-oJ9y71Z125_4DSHM5S1Qr__sEIeuHE3H7sspuCqGYufPUZzo0AUqn64VLfT0cwCJJVKSZyAnQWtxa_fX_NwxzEGEPtPl5Rh4d-b2uexT3-MdowG0Fbrvf0Y1V4qup-TvRM_iO9ghGCHI/s1600/mala-de-verao.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="232" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-oJ9y71Z125_4DSHM5S1Qr__sEIeuHE3H7sspuCqGYufPUZzo0AUqn64VLfT0cwCJJVKSZyAnQWtxa_fX_NwxzEGEPtPl5Rh4d-b2uexT3-MdowG0Fbrvf0Y1V4qup-TvRM_iO9ghGCHI/s320/mala-de-verao.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
- Oi, quanto tempo! Como estás?</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
- Bem e tu?</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
- Ah, tô feliz, tô casada, tenho dois filhos... um casal!</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
- Que bacana.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
- É, mas é uma trabalheira só. O marido não ajuda em nada. Tudo sou eu que tenho que resolver: coisas da casa, das crianças, enfim... E tu, mulher? Já casou? Já teve filhos?</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
- Menina, meu dinheiro só dá pra viajar mesmo. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
- Como assim?</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
- Escolhi viajar. Não tenho planos de formar uma família. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
- Mas isso não é muito solitário?</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
- Depende do ponto de vista, acabaste de dizer que fazes tudo sozinha, a diferença é que escolhi isso. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
- É... faz sentido.</div>
Jôhttp://www.blogger.com/profile/17942716613389461643noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2688531692283511520.post-77172454794418753132015-04-24T06:25:00.001-07:002015-04-24T06:25:45.791-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.dantonmedrado.com.br/site/wp-content/uploads/2012/08/mulher-fumando.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.dantonmedrado.com.br/site/wp-content/uploads/2012/08/mulher-fumando.jpg" height="244" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
Estava nostálgica. Não saudosa, apenas nostálgica. Gostava deste sentimento. Porque só o que era bom voltava à memória. Não lembrava das brigas homéricas por tudo e por nada. Da tentativa de controlar sua roupa, a direção do seu olhar e até seu pensamento. Quando ficava nostálgica recordava os primeiros meses. Os melhores. Ele ainda se esforçava em disfarçar seu ciúme e quando deixava escapar, ela achava até charmoso. O charme desapareceu na primeira ameaça. Ele a censurava em tudo. E ela que sempre fora tão dona de si, parecia uma criança obedecendo a seu pai cegamente. Por sorte, a cegueira só dura até o último suspiro do amor. A voz, os ataques de ciúme, o tom autoritário, tudo nele a exasperava. Até que com o dedo em riste, ela disse enfim:<br />
<br />
- Não quero mais você e não venha atrás de mim.<br />
<br />
Ainda ouviu ele dizer:<br />
<br />
- Eu vou te matar.<br />
<br />
Olhou sorrindo sarcasticamente sobre o ombro e respondeu:<br />
<br />
- Se eu não te matar primeiro.<br />
<br />
O amor é mesmo um sentimento volúvel, pensou, agora, admirando o corpo dele caído na sala do seu apartamento, encharcando de sangue o carpete. Acendeu um cigarro.Jôhttp://www.blogger.com/profile/17942716613389461643noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2688531692283511520.post-25648623042155676492015-03-14T19:34:00.001-07:002015-03-14T19:34:09.791-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFGUn42jXCxYcU5pSbZ78TqUY16aR8qDDMJEQEfGq4j7DpGaJkwS7i6o3z-J7YyqJMp2mtE5H60NqDP-ueDW3rs-SNv_rjjbCSrnVTDKFT806xGLs5b3ZIDysKIWkdn52OBWbskRHbrkJ_/s1600/chema01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFGUn42jXCxYcU5pSbZ78TqUY16aR8qDDMJEQEfGq4j7DpGaJkwS7i6o3z-J7YyqJMp2mtE5H60NqDP-ueDW3rs-SNv_rjjbCSrnVTDKFT806xGLs5b3ZIDysKIWkdn52OBWbskRHbrkJ_/s1600/chema01.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
Quanto mais o tempo passava, mais ela percebia o quanto a solidão era sua melhor companhia. Não era um sentimento amargo, como se costuma pensar que é. Apenas uma constatação óbvia e reconfortante.<br />
<br />
Não tinha mais paciência para a capacidade de negociação que requer um relacionamento. Em suas férias, por exemplo, queria apenas escolher o destino, sem precisar convencer ninguém de que era boa ideia.<br />
<br />
Reconhecia o valor das relações, apenas não queria para si. Ao menos não naquele momento. Dava claustrofobia, só de pensar. E por ora estava bom assim. Sem cobranças, sem ciúmes, sem explicações. Apenas o silêncio necessário para ler um bom livro.Jôhttp://www.blogger.com/profile/17942716613389461643noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2688531692283511520.post-81484247344271929812015-02-08T17:01:00.001-08:002015-02-08T17:01:50.483-08:00Dos diálogos previsíveis*<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRKaom6T5K3LVQ6mwX362T4hrmlj8fuYZe3GE23cVcZ381wu_PeVTYJGjKBrQB-WwMfrbFLUpLPf4DkTVoIdR35Si9Y5_JTQjfVJYgV5z9gcMIM3Q_sOMflHbi8aN4esyDKeot88EJ_3A/s320/briga+casal.jpg" /><br />
* Texto da amiga Katy Karen Cordeiro, que só me dá gosto.<br />
<br />
Sentados no jardim eles conversam e se divertem um com o outro como de costume. À frente deles estão duas taças de vinho tinto, uma paixão que sempre compartilharam.<br />
O amigo: por que você nunca disse uma palavra a respeito?<br />
A amiga: Porque não fazia sentido.<br />
O amigo: E agora faz?<br />
A amiga: Menos ainda.<br />
O amigo: E por que tocar no assunto agora?<br />
A amiga: E por que não? Tens medo de mim ou de ti?<br />
O amigo: Dos dois. Sempre fomos imbatíveis juntos.<br />
A amiga: Por que você nunca tentou nada?<br />
O amigo: Eu tentei. Você é que não percebeu.<br />
A amiga, com a elegância que lhe é característica, respira fundo e oferecendo a ele um leve sorriso, responde calmamente: - Sutileza tem limite.<br />
O amigo: E você? Por que nunca foi franca?<br />
A amiga: Não confunda franca com fácil. Eu sempre estava na mulher que querias ao teu lado, mas na hora de agir, o alvo era sempre outro. Ela sempre tinha que caber na sua insegurança.<br />
O amigo: Você está me culpando?<br />
A amiga: Pelo quê? Não há culpados e nem vestígios se não há crime.<br />
O amigo: De fato... mas por que nunca aconteceu nada? Por que a amizade?<br />
A amiga, fazendo um brinde solitário com o ar, responde: Porque eu queria ficar na tua vida e não passar pela tua cama. <br />
- Tenho que ir. Tenho uma reunião importante daqui a meia hora.<br />
Os amigos (em coro): Fica bem e te cuida.<br />
Sorriem e se olhando profundamente, enfim, reconhecem que o medo de perderem um ao outro fora maior que a coragem de se ganharem(?).Jôhttp://www.blogger.com/profile/17942716613389461643noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2688531692283511520.post-54102202881647571312014-11-09T16:56:00.000-08:002014-11-09T16:57:51.525-08:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTP1KIYV9UBuD6q5oaiVglKgPGzZrwNVs9wgCFwmb0SFBv48pxRVF5U1zndQD1LU-qZs7M1m6Eg25T04uHs-gXLbrMGlNs45BFhyphenhyphenZrDrF_RBL5Mt8uGLeQ_Tsn99_S703E0tvvZWqbeQ5D/s1600/IMG_20141109_210312.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTP1KIYV9UBuD6q5oaiVglKgPGzZrwNVs9wgCFwmb0SFBv48pxRVF5U1zndQD1LU-qZs7M1m6Eg25T04uHs-gXLbrMGlNs45BFhyphenhyphenZrDrF_RBL5Mt8uGLeQ_Tsn99_S703E0tvvZWqbeQ5D/s1600/IMG_20141109_210312.jpg" height="138" width="320" /></a></div>
<br />
Ele evangélico, ela agnóstica. Ele roqueiro, ela MPB. Ele complicado, ela objetiva. Ele Nova Iorque, ela Paris. Ele ciumento, ela relax. Ele Guerra, ela Paz. Ele compromisso, ela férias. Ele tem suas crises, ela também. Ele de barba, ela adora barba. Fim.Jôhttp://www.blogger.com/profile/17942716613389461643noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2688531692283511520.post-73717528155508654242014-11-04T02:05:00.001-08:002014-11-04T02:05:28.108-08:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRT1CYGD3Bmln-oGOAcPaCuq1skmkYxtt0g7k3xfCAL81f_Z1ZXkpozxkCy8qlwVgSSjk7ssFpnFSO6-UxSCh2nNeelsNqoMKi1N5fcLOK0W65BQgd7DNVlVs71QEtCnkKFKqMhDLMt_r7/s1600/tumblr_ldco83UhHQ1qeylnmo1_250.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRT1CYGD3Bmln-oGOAcPaCuq1skmkYxtt0g7k3xfCAL81f_Z1ZXkpozxkCy8qlwVgSSjk7ssFpnFSO6-UxSCh2nNeelsNqoMKi1N5fcLOK0W65BQgd7DNVlVs71QEtCnkKFKqMhDLMt_r7/s1600/tumblr_ldco83UhHQ1qeylnmo1_250.jpg" /></a></div>
<br />
- Quantos anos você tem?<br />
- Muitos.<br />
- Há quanto tempo você toma calmantes?<br />
- Sempre.<br />
- Quantos amores você já viveu?<br />
- Todos.<br />
- E horrores?<br />
- Idem.<br />
- Você consegue dizer mais que uma palavra?<br />
- Não.<br />
- Quer me dizer alguma coisa?<br />
- Morra.<br />
- Tem amigos?<br />
- Nenhum.<br />
- O que veio fazer aqui?<br />
- Nada.<br />
- Quer um café?<br />
- Chega!<br />
<br />
Retirou-se transtornada.<br />
<br />
A psiquiatra, então, assinou o laudo médico autorizando-a a ser liberada. Diagnóstico: laconismo crônico agudo, nada demais diante das patologias da pós-modernidade, pensou. Receitou doses homeopáticas de arte impressionista e aulas de fotografia. Entregou a receita à secretária, na próxima crise ela deve voltar. .Jôhttp://www.blogger.com/profile/17942716613389461643noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2688531692283511520.post-44530403832062653302014-01-13T03:41:00.000-08:002014-01-13T03:41:09.903-08:00Do inevitável<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEih7EUV4inJ02sQ8xIicZG1DgzPGvEsTSyy-6Q5kU8-I1wPeSPlcoB1gQKZcUCEfhq2BtQSHven-m-4GsihOAO9K6m2Wf1IA7gtY0IFV1s3K1bhNIA9m4rb_vfIPh771BmtG0sldMV-SVMO/s1600/barba.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEih7EUV4inJ02sQ8xIicZG1DgzPGvEsTSyy-6Q5kU8-I1wPeSPlcoB1gQKZcUCEfhq2BtQSHven-m-4GsihOAO9K6m2Wf1IA7gtY0IFV1s3K1bhNIA9m4rb_vfIPh771BmtG0sldMV-SVMO/s1600/barba.jpg" /></a></div>
Embora não tenham se conhecido virtualmente, o que eles tinham era absolutamente virtual. Algo os afastava, havia sempre algum impedimento: um dos dois estava namorando ou ambos. E assim seguiam com divertidas - e seguras - conversas telefônicas. Até o dia em que ele sugeriu que ela fizesse uma visita.<br />
Ao sair do trabalho, ela liga:<br />
<br />
- O convite está de pé?<br />
- Você sabe que cheguei ontem de viagem. A casa está uma bagunça...<br />
- É para eu ir ou não?<br />
- Estou esperando você.<br />
<br />
Por cerca de 20 minutos conversaram. Um pouco constrangidos pela proximidade não habitual. Ele a encarava com olhos de predador quando começou a questioná-la sobre o motivo da visita.<br />
<br />
- Por que você quis vir aqui?<br />
- Você não convidou?<br />
- Poderia ter dito não.<br />
- Você quer que eu diga?<br />
- Por favor.<br />
- Vem logo aqui.<br />
<br />
Beijaram-se com a pressa de quem espera há muito.Diante de tanta abstração, o palpável parecia surreal.<br />
Foram muito mais longe do que ela pretendia permitir, mas ele era bastante convincente.<br />
<br />
***<br />
<br />
O que se seguiu foram momentos para lembrar e sorrir com o canto da boca nas horas mais impróprias. Não se prometeram nada, apenas saíram daquele dia com a certeza de que precisavam daquilo. Ainda que não se repetisse.Jôhttp://www.blogger.com/profile/17942716613389461643noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2688531692283511520.post-47155323299900786482013-06-28T18:15:00.002-07:002013-06-28T18:15:55.660-07:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoBfPdeSDGsFnpJnvlVK1HRH-dDUZuJBXfalaBstBdFxDM1_SXhuelKCyNxVzJP1ytMHBPGFytPj8Mh6L2R5RzBiQlnZnAy6TR42Sx5O8ojfd6275OYb89YXTXQVZpuYOdkUrTci3ExaKI/s455/vanessa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="207" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoBfPdeSDGsFnpJnvlVK1HRH-dDUZuJBXfalaBstBdFxDM1_SXhuelKCyNxVzJP1ytMHBPGFytPj8Mh6L2R5RzBiQlnZnAy6TR42Sx5O8ojfd6275OYb89YXTXQVZpuYOdkUrTci3ExaKI/s320/vanessa.jpg" width="320" /></a><br />
Ela já não suportava mais desilusões amorosas. Sabia não ter resistência para fins tristes, porém reconhecia que tudo que é muito bonito acaba mal. É uma questão de proporção. Estivera bem nos últimos anos em sua zona de conforto, que fazia jus ao nome. Até que ele apareceu, sem fazer promessas explícitas, mas prometendo o mundo, veladamente. Apresentou-a a toda a família. As mensagens periódicas afirmando que lembrara dela por algo bobo.As fotos a cada duas horas. As mãos dadas, sempre por iniciativa dele, nos ambientes comuns. Não procurara nada daquilo, ele apenas viera até ela, como o terceiro de Terezinha, de Chico. E agora ia embora sem olhar pra trás, sem motivo aparente, dizendo ser cedo, que as coisas estavam caminhando depressa demais. Ela inventou 11 palavrões especialmente para ele, entretanto decidiu segurar a indignação para não bancar a desequilibrada. Viu mais um dos homens de sua vida escapar-lhe entre os dedos e desta vez resolveu que não lutaria, não choraria, nem cairia em depressão. A vida continua, afinal, e isto ela já havia aprendido. Por fim, decidiu que investiria alto no conforto da sua zona de conforto, já que voltaria a morar lá.<br />
<br />
<br />Jôhttp://www.blogger.com/profile/17942716613389461643noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-2688531692283511520.post-45805395102038024432013-04-27T05:04:00.001-07:002013-04-27T05:10:07.611-07:00Dos Diálogos Memoráveis XXI<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0G4prFHvHshum6kzFhzEtVmBnVRkYRJ-XqB3DHLZb3ifNYsZrJYoG1jFqt4m6MG_Dv0a8UVwDDq94JFuGGGj0IZK4U2F0qE28KyDgZdjbpojKYXTza5_9SMiBzR6tpi1jELtYey_bUcaP/s1600/rosa.jpg" imageanchor="1" style="background-color: black; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: white;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0G4prFHvHshum6kzFhzEtVmBnVRkYRJ-XqB3DHLZb3ifNYsZrJYoG1jFqt4m6MG_Dv0a8UVwDDq94JFuGGGj0IZK4U2F0qE28KyDgZdjbpojKYXTza5_9SMiBzR6tpi1jELtYey_bUcaP/s320/rosa.jpg" width="320" /></span></a></div>
<br />
<br />
<span style="background-color: black; color: white;">- <span style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13.142857551574707px; line-height: 9.714285850524902px;">Conte-me, quando volta a escrever?</span></span><br />
<span style="background-color: black; color: white;"><span style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13.142857551574707px; line-height: 9.714285850524902px;">- O</span><span style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.38;">utro dia até que comecei a rascunhar um texto, </span><span style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.38;">mas não passou disto. A</span><span style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.38;">paguei-o, </span><span style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.38;">não gostei.</span></span><br />
<div class="_3hi" style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 10.857142448425293px; line-height: 8px;">
<div class="_1yr" style="float: right; margin-left: 4px;">
<span style="background-color: black;"><span class="_2oy" style="color: white;"></span></span></div>
<div class="_38 direction_ltr" style="direction: ltr; font-size: 13px; line-height: 1.38; margin-right: 50px;">
<div style="margin-top: 10px;">
<span style="background-color: black; color: white;">A inspiração me abandonou, moço.</span></div>
<div style="margin-top: 10px;">
<span style="background-color: black; color: white;">- <span style="font-size: 13.142857551574707px; line-height: 9.714285850524902px;">E o que a inspirava naquele tempo?</span></span></div>
<div style="margin-top: 10px;">
<span style="background-color: black; color: white;"><span style="font-size: 13.142857551574707px; line-height: 9.714285850524902px;">- A</span><span style="font-size: 13.142857551574707px; line-height: 9.714285850524902px;">lgum romantismo que me restava, talvez.</span></span></div>
<div style="margin-top: 10px;">
<span style="background-color: black; color: white;"><span style="font-size: 13.142857551574707px; line-height: 9.714285850524902px;">- </span><span style="font-size: 13.142857551574707px; line-height: 9.714285850524902px;">No sentido artístico da palavra ou uma relação com outrem?</span></span></div>
<div style="margin-top: 10px;">
<span style="background-color: black; color: white;"><span style="font-size: 13.142857551574707px; line-height: 9.714285850524902px;">- N</span><span style="font-size: 13.142857551574707px; line-height: 9.714285850524902px;">a verdade em relação à vida, de modo geral.</span></span></div>
<div style="margin-top: 10px;">
<span style="background-color: black; color: white;"><span style="font-size: 13.142857551574707px; line-height: 9.714285850524902px;">- </span><span style="font-size: 13.142857551574707px; line-height: 9.714285850524902px;">E o que houve pra perder esse momento?</span></span></div>
<div style="margin-top: 10px;">
<span style="background-color: black; color: white;"><span style="font-size: 13.142857551574707px; line-height: 9.714285850524902px;">- N</span><span style="font-size: 13.142857551574707px; line-height: 9.714285850524902px;">ada em específico, acredito que a maturidade atropelou meus romantismos e eles já estavam mortos quando o socorro chegou.</span></span></div>
<div style="margin-top: 10px;">
<span style="background-color: black; color: white;"><span style="font-size: 13.142857551574707px; line-height: 9.714285850524902px;">- D</span><span style="font-size: 13.142857551574707px; line-height: 9.714285850524902px;">eterminação mais legal! Vou escrever sobre isso, talvez.</span></span></div>
<div style="margin-top: 10px;">
<span style="background-color: black; color: white; font-size: 13.142857551574707px; line-height: 9.714285850524902px;">- Escrevamos.</span></div>
</div>
</div>
Jôhttp://www.blogger.com/profile/17942716613389461643noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2688531692283511520.post-64771479623594622172013-04-13T10:06:00.002-07:002013-04-15T15:59:07.273-07:00Dos diálogos imaginados<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhj98-u7StzPdaM_7RlntfW8MLF-Uhpf-tos-NVKfQ1uuVgrsJ5orBJwtIYgLSvVPCz_oV3gEd7gk4NEygtBnFLlD1JDp4BLoCUsI_63b2UvTS_durVf8givy0a8nx-Fq7PrWdJb5NoizVn/s1600/solidao.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="257" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhj98-u7StzPdaM_7RlntfW8MLF-Uhpf-tos-NVKfQ1uuVgrsJ5orBJwtIYgLSvVPCz_oV3gEd7gk4NEygtBnFLlD1JDp4BLoCUsI_63b2UvTS_durVf8givy0a8nx-Fq7PrWdJb5NoizVn/s320/solidao.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
- Como podemos ser tão parecidos e tão diferentes?<br />
- Não é bom que seja assim?<br />
- Mas faz sentido?<br />
- Precisa fazer?<br />
- Por que você sempre me responde com outra pergunta?<br />
- Porque as respostas não existem. Pronto, uma afirmação, para acalmar seu coração adepto da exatidão.<br />
- Porém uma resposta evasiva.<br />
- Verdadeira, entretanto.<br />
- Não me acostumo com isso.<br />
- Com isso o quê?<br />
- Você é escorregadio demais.<br />
- Me abrace e diga que me quer, eu fico.<br />
- Este é o problema: nem sei se quero que você fique.<br />
- Se você não quisesse, teria certeza. A dúvida já diz que quer.<br />
<br />
<br />
Ela esboçou um sorriso triste e se deu conta de que ainda não havia feito as compras para o jantar. Abandonou seus pensamentos e foi cuidar do ordinário, já que o extraordinário só acontecia em seus pensamentos.Jôhttp://www.blogger.com/profile/17942716613389461643noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2688531692283511520.post-85572439403991494472012-05-26T07:05:00.000-07:002012-05-26T07:05:01.004-07:00Dos Diálogos Memoráveis XX<div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHdrrRvC3R1vY3VeDUTFhsEtUGTeccV6t8tirojvSLsdW9FDnh5en9R-nOGcUXlcSMsKo5VJSPm5serhXfI6lB6Xdn2zBlJ3UUGpZEk3bfXBb6vBEK1gpgYnhiPriYntSLqquYFNxB_nSC/s1600/mulher-pes-carro-436.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="278" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHdrrRvC3R1vY3VeDUTFhsEtUGTeccV6t8tirojvSLsdW9FDnh5en9R-nOGcUXlcSMsKo5VJSPm5serhXfI6lB6Xdn2zBlJ3UUGpZEk3bfXBb6vBEK1gpgYnhiPriYntSLqquYFNxB_nSC/s320/mulher-pes-carro-436.jpg" width="320" /></a></div>
<br /></div>
- Você não tem ciúmes de mim?<br />
<div>
- Tenho, claro, mas não sou do tipo que faz cena.</div>
<div>
- E de que tipo você é?</div>
<div>
- Do tipo que não faz xixi nos cantos. </div>
<div>
- Você não tem medo que eu encontre outra pessoa?</div>
<div>
- Até parece que eu ficar no teu pé vai te impedir.</div>
<div>
- Mas dificulta.</div>
<div>
- O que torna tudo mais atraente.</div>
<div>
- E se eu te trair?</div>
<div>
- Paciência.</div>
<div>
- Você me perdoaria?</div>
<div>
- Não.</div>
<div>
- Não? Nem pensaria a respeito?</div>
<div>
- Não. Eu até toleraria um namorado traidor, mas burro jamais. E se eu descobri a traição é porque você foi burro o suficiente para permitir. E burrice eu não tolero. </div>Jôhttp://www.blogger.com/profile/17942716613389461643noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-2688531692283511520.post-2852583285178666582012-04-26T08:22:00.001-07:002012-04-26T08:24:49.079-07:00Inspiração<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYM94JUBFaFVNtdMLu9T5yCf9yH_BuCCPtmdfLjwZlX2J9y_uVp9lfEeNTDmXqh-cM1De_BCKL4f5vDt39RgzLMyYhUIwvWMMkL9t1D8MIj6ilNXnL1hqICcBU9dx4Ww_BupRL73dGBaHX/s1600/At_the_concert_01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYM94JUBFaFVNtdMLu9T5yCf9yH_BuCCPtmdfLjwZlX2J9y_uVp9lfEeNTDmXqh-cM1De_BCKL4f5vDt39RgzLMyYhUIwvWMMkL9t1D8MIj6ilNXnL1hqICcBU9dx4Ww_BupRL73dGBaHX/s320/At_the_concert_01.jpg" width="263" /></a></div>
<br />
At the Concert (Renoir)<br />
<br />
Olhava o mundo com um ar tão blasé que parecia ser uma personagem de Renoir. Era uma incrédula. E uma indignada, apesar de tudo. Não acreditava em promessas, em juras de amor. Tudo soava falso, ensaiado. Só a arte tinha o poder de remexê-la. Até que conheceu um artista. Apaixonou-se. Acreditou que ele era a representação humana da arte. Talhado sob encomenda. Cada tela que ele pintava era um suspiro apaixonado que ela soltava. Chegou até a crer na eternidade, quem diria. E só se apegava a isso porque não imaginava um fim para tamanha perfeição. Era tão perfeito que parecia surreal. Um Dalí, decerto. Os relógios escorridos passaram a ser uma realidade, pois o tempo passou e ele encontrou outra musa para inspirar sua arte. E ela voltou para seu velho e roto Renoir, até que algum Van Gogh viesse arrancá-la novamente de lá.Jôhttp://www.blogger.com/profile/17942716613389461643noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2688531692283511520.post-17501914599742534732012-04-22T19:08:00.000-07:002012-04-22T19:18:00.315-07:00<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOYLXkP6O1TFbOO_rU26GtoNr_Oomrw8I5tUFQ5Z5nkWEUQv4QzEJuieSqTCgSwll_cPUFkBvqTSrs1ftYUYgzmwt0nmEU69ezT9X8In0C4fyb4pHiRSTX8WDkfMmGPWRcFIRdclYwiwnM/s1600/escolhas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOYLXkP6O1TFbOO_rU26GtoNr_Oomrw8I5tUFQ5Z5nkWEUQv4QzEJuieSqTCgSwll_cPUFkBvqTSrs1ftYUYgzmwt0nmEU69ezT9X8In0C4fyb4pHiRSTX8WDkfMmGPWRcFIRdclYwiwnM/s320/escolhas.jpg" width="265" /></a><br />
<br />
- Sabe qual é o problema?<br />
- Não.<br />
- Você tem medo de mim. E você sabe que quando o assunto é relacionamento, o medo é um sintoma de vontade, não sabe?<br />
- Quanta pretensão...<br />
- Depende, se eu estiver errada, realmente estou sendo pretensiosa, mas se estiver certa, sou apenas... observadora.<br />
- Sei...<br />
- Eu não tenho essa resposta, entretanto consigo lidar com a dúvida. Você a tem. Consegue lidar com a escolha?<br />
<br />
<br />
<br />
***************<br />
<br />
Tentei descobrir o autor da tela, mas não consegui, se alguém o conhecer, só informar.Jôhttp://www.blogger.com/profile/17942716613389461643noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2688531692283511520.post-44346920769441846382012-04-16T14:40:00.001-07:002012-04-16T14:40:55.445-07:00(In)Certezas<div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEik8DD78-hX0PiDVc4ubbKVVVelfurItXVgbcXVbD4M12W1lLoxKwvZRl14-jLsBYsHPVBkpU2ZZRFrLglgxxCgx1k5fPLm3KH4QM2vn07HXpPqCoEX41eYh3zQKw5imNqvCJhkSb5gJoN2/s1600/b1.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEik8DD78-hX0PiDVc4ubbKVVVelfurItXVgbcXVbD4M12W1lLoxKwvZRl14-jLsBYsHPVBkpU2ZZRFrLglgxxCgx1k5fPLm3KH4QM2vn07HXpPqCoEX41eYh3zQKw5imNqvCJhkSb5gJoN2/s320/b1.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5728657493328917970" /></a></div><div>- Como teria sido se tivéssemos ficado juntos naquela época?</div><div>- Nunca saberemos, mas talvez nem estivéssemos mais juntos.</div><div>- Talvez? Tenho quase certeza.</div><div>- O quase é que acaba com a gente, não é?</div><div>- É...</div><div>- Poderíamos tentar novamente...</div><div>- Não, perdemos o tempo de fazer isso. Passou.</div><div>- Só se for pra você. Nunca me perdoarei por não ter tido coragem.</div><div>- Não confunda arrependimento, culpa, com vontade. Se fosse vontade realmente não estaríamos aqui conversando, estaríamos ocupados demais pra isso.</div><div><br /></div><div>Ele a beijou. Olharam-se por alguns segundos e gargalharam sonoramente.</div><div><br /></div><div>- Eu não disse? Enche a minha taça, que vou buscar mais queijos.</div>Jôhttp://www.blogger.com/profile/17942716613389461643noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2688531692283511520.post-437694288294722602012-04-09T18:25:00.006-07:002012-04-18T14:37:08.397-07:00"Antes de embarcar em uma vingança, cave duas covas" (Confúcio)<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi23mtrqbspceB5NDgQ7T7m2PHixw6s6gIA5ACq6NOicMoK7xr-fAp1GFU4bFSqE5L5R2IkPb-cLFDNLd_k347MyDixyEthDJSPk2Ol0ero4VI9536KdqbvKISypqeGOtH72Jos6zcrvEtz/s1600/Deixar-de-amar-algu%25C3%25A9m.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 189px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi23mtrqbspceB5NDgQ7T7m2PHixw6s6gIA5ACq6NOicMoK7xr-fAp1GFU4bFSqE5L5R2IkPb-cLFDNLd_k347MyDixyEthDJSPk2Ol0ero4VI9536KdqbvKISypqeGOtH72Jos6zcrvEtz/s320/Deixar-de-amar-algu%25C3%25A9m.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5729591565443640802" /></a><br /><br /><div style="text-align: right;">(Texto escrito em parceria com Katy Cordeiro)</div><div style="text-align: right;"><br /></div><br />A noite chuvosa parecia refletir seu estado de espírito. Andava descontroladamente de um lado ao outro do quarto já nervoso com a espera que aparentava, como toda espera, ser muito mais longa do que era de fato. Ela era sempre pontual, mas hoje se atrasara por mais de uma hora.<br />O céu estava avermelhado de tão cinza, tal qual a sua consciência inundada de culpa. O medo de ser abandonado misturava-se indissociavelmente à ansiedade para vomitar seu discurso mais do que ensaiado.<br />Olhava-se no espelho a fim de ocultar qualquer rastro de culpa, quando bateram à porta.<br />Ele, sabendo de quem se tratava, abriu sem cerimônia.<br />Ela, sem guarda-chuva ou indícios da chuva em sua roupa, entra ofegante e solta somente um “oi” pálido, com um olhar enviesado.<br />Ele diz: - Fica à vontade, vamos conversar. Senta-se a sua frente com pavor de que seu texto lhe fugisse da memória, inicia aquilo que mais estava para um duelo que para um diálogo:<br />- Bom, eu queria comecar dizendo que...<br />Interrompendo-o como alguém que se atira na frente de um caminhão, diz: - Não tem jeito, acabou! Vamos nos poupar dos discursos prontos.<br />- Mas eu juro que ela não significou nada! Foi coisa de momento! Não foi premeditado!<br />- Não adianta, acabou!<br />- Não consigo entender, eu sei que errei, me dê uma chance, por favor! Não a conheci intransigente assim...<br />- Intransigente? Então com isso você quer me dizer que se fosse o contrário, você me perdoaria?<br />- Sim.<br />- Você tem absoluta certeza disso?<br />- Claro, eu a amo, mas você não é capaz de me perdoar, não é?<br />- Sou.<br />- Então por que não acabamos com isso de uma vez?<br />Ele, já com o alívio lhe descendo pelo peito, tenta abraçá-la. Ela o impede e depois de um longo silêncio completa:<br />- Eu até posso perdoar, mas você não conseguirá. Só precisei atravessar o corredor pra vir até aqui. Dormi com o Marcos, mas se isso te traz algum alívio... ele não significou nada.<br />- Como você pôde? Ele é um irmão pra mim!<br />- Eu não pus uma arma na cabeça dele.<br />- ,,,<br />- E agora? Dois pesos, duas medidas?<br />- Saia da minha casa.<br /><br />Já na rua, ela sentia a chuva molhar seus cabelos e o frio aumentar. Naquela noite, ela não se sentiu melhor como achou que se sentiria.Jôhttp://www.blogger.com/profile/17942716613389461643noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2688531692283511520.post-43883507751470674222012-04-05T21:04:00.005-07:002012-04-07T18:32:28.640-07:00Dos tratados de amor que se transformam em bilhetes de despedida<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQzf7kXcvV1N6OwC-93CRZHjE40X-QmU7CCj7hjmsChdjG2foxamyfIIeUSOK1vlj-WIUxS8HDIDGGMI8D1Zk-RRagfHYjGz9sl4p4mhdzhLUokU2-CF6Ki8xEBN6_vjAksWmmSIT_UaBQ/s1600/mulher_iboy.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 270px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQzf7kXcvV1N6OwC-93CRZHjE40X-QmU7CCj7hjmsChdjG2foxamyfIIeUSOK1vlj-WIUxS8HDIDGGMI8D1Zk-RRagfHYjGz9sl4p4mhdzhLUokU2-CF6Ki8xEBN6_vjAksWmmSIT_UaBQ/s320/mulher_iboy.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5728138104107262802" /></a><br /><br />Revirando pastas antigas de meu e-mail, encontrei nossas memórias do tempo em que trocávamos carícias em palavras. Encontrei também o pesar crônico que você sempre teve orgulho de estandartizar. Seu sofrimento está expresso em cada pronome, em cada artigo indefinido. E isso me feria tanto que me perguntei diversas vezes se você não superaria nunca aquela perda. Percebi então que os primeiros e-mails eram enormes, praticamente tratados. Depois de alguns meses, meras linhas apressadas, sem conteúdo e carregadas de desculpas para justificar o eco que elas faziam em si mesmas. Assim como nós. <br />Não fiquei nostálgica, fiquei apenas enraivecida, porque o fim de qualquer amor é irritante. <br />Decidi não criar mais diretórios para amores pequenos e fracassados. Incluiria todos na pasta Diversos.Jôhttp://www.blogger.com/profile/17942716613389461643noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2688531692283511520.post-19854077244882882922012-03-31T06:07:00.000-07:002013-06-25T15:27:12.629-07:00Faz algum sentido?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjR-klEpn8JXaB57f4x5ec2BfDqTYxOP76gnVjxqAzqssbn5XnCCnMVmP_F5rdKytHD7nF5pixJZ7-oZreOcfV7MCsEdwe6A474nHZ3vT-jBeiaqsUmBm4HvvcJGqnnLq7ODRQs5joLGERL/s1600/Labirinto.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="245" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjR-klEpn8JXaB57f4x5ec2BfDqTYxOP76gnVjxqAzqssbn5XnCCnMVmP_F5rdKytHD7nF5pixJZ7-oZreOcfV7MCsEdwe6A474nHZ3vT-jBeiaqsUmBm4HvvcJGqnnLq7ODRQs5joLGERL/s320/Labirinto.jpg" width="320" /></a></div>
Imagem: Escher.<br />
<br />
Quando você é objetiva, acaba sendo chamada de insensível ou durona, o que é um equívoco. Dos grandes. Afinal, a diferença entre ser objetiva e não o ser é que, quando você o é, tenta ser coerente, embora saiba que tudo tende à incoerência. E, por esse motivo, acaba dando um sorriso blasé para os acontecimentos e deixa-os acontecer, já que eles fariam isso sem a sua autorização mesmo. O ser objetiva entra aí: aceitar que você faz planos e a vida ri da sua cara. Então entre ser alvo do riso e rir junto, você prefere entender a piada e rir também. <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
Jôhttp://www.blogger.com/profile/17942716613389461643noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2688531692283511520.post-56242845760670685862012-03-23T19:35:00.004-07:002012-03-23T19:51:16.877-07:00Os opostos não se atraem ou "Eu ando num labirinto e você numa estrada em linha reta" (Moska)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgo3zZ4yBkZKIGGfai61JIjhd42KE5PkeAuRl9RmNlDJ5w6L2aT0uNGOAAs51K4s7o7oxHGrctvC92jEoNs3FwjMbvvm0bY3CeNBhgFmCeFou-k9mMSHO3na1YNTIiVI4bXH2ua6mM7aTsp/s1600/s%25C3%25B3+contigo.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 186px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgo3zZ4yBkZKIGGfai61JIjhd42KE5PkeAuRl9RmNlDJ5w6L2aT0uNGOAAs51K4s7o7oxHGrctvC92jEoNs3FwjMbvvm0bY3CeNBhgFmCeFou-k9mMSHO3na1YNTIiVI4bXH2ua6mM7aTsp/s320/s%25C3%25B3+contigo.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5723288041464663298" /></a><br /><br />Ela gostava de Chico Buarque, ele de pagode. Ela de cinema alternativo, ele de filmes de pancadaria. Ela adorava teatro, ele, bar. Ela apreciava o silêncio e ele a balbúrdia. Ela tinha um chaveiro da Torre Eiffel, ele adorava torres de cerveja. Ela usava o carro para se transportar, ele para charlar. Ela gostava de música ambiente, ele, de volume máximo. Ela elaborava metáforas, ele ria. Separaram-se em comum acordo, foi a única vez que concordaram.Jôhttp://www.blogger.com/profile/17942716613389461643noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-2688531692283511520.post-7487282357100903222012-03-15T19:13:00.004-07:002012-03-15T19:21:43.488-07:00Do silêncio que ensurdece<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZGK44p20ANGE4k3H8r9-eiqHPmVgyNMlFXAHZSfAoqBOkokj4m8kDu1feC0J9H-tqvXV84e8Tc88MhBMc5dRLcfief8i2NYnwdbohY6vpG8HxyqikKWlshneTwlgTMFObDthY_bYQ3hJH/s1600/despedida.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZGK44p20ANGE4k3H8r9-eiqHPmVgyNMlFXAHZSfAoqBOkokj4m8kDu1feC0J9H-tqvXV84e8Tc88MhBMc5dRLcfief8i2NYnwdbohY6vpG8HxyqikKWlshneTwlgTMFObDthY_bYQ3hJH/s320/despedida.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5720313762835050306" /></a><br />Ele sentia aquela dor pontiaguda que antecede uma má notícia. Prostrou-se resignadamente para esperar a tempestade. <br />Quando ela chegou, com o ar ditador inconfundível das decisões irrevogáveis, e fez menção de falar, ele a interrompeu com um gesto de mão, bateu continência e disse: <br />- Sim, senhora. <br />Partiu com os olhos inundados.Jôhttp://www.blogger.com/profile/17942716613389461643noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2688531692283511520.post-38170440211266565122012-03-08T17:02:00.006-08:002012-03-09T08:35:16.270-08:00Dos Diálogos Memoráveis XIX (Edição Especial Dia Internacional da Mulher)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjF1ZaKRK0jVxq7cFmDhE6QuGUBTMFDGW1Yy1weUru0gWGyTDjqa_yzsmyWcknOqv3a7ElGg4HIskyPtB9gM2PAU31FAc8AYtLDI5GZGcClqkq1YCXkF2BOU2c-IhbqPXIY_rVNzpLEHkmb/s1600/salto+bola.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 186px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjF1ZaKRK0jVxq7cFmDhE6QuGUBTMFDGW1Yy1weUru0gWGyTDjqa_yzsmyWcknOqv3a7ElGg4HIskyPtB9gM2PAU31FAc8AYtLDI5GZGcClqkq1YCXkF2BOU2c-IhbqPXIY_rVNzpLEHkmb/s320/salto+bola.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5717697262120062914" /></a><br /><br />- Ah, mas queres me fazer acreditar que essas coisas de mulherzinha: maquiagem, salão de beleza, manicure e afins não são futilidades?<br />- Claro que são! Só não entendo o porquê de isso tudo sempre parecer mais fútil do que cerveja, futebol e carros com bancos de couro e caixas de som histéricas e reluzentes. <br />- Mas nem todos os homens são viciados nessas coisas.<br />- O mesmo vale para as mulheres. <br />- É, pensando por esse lado... Tens razão.Jôhttp://www.blogger.com/profile/17942716613389461643noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2688531692283511520.post-66336402401753516252012-03-02T18:54:00.002-08:002012-03-02T19:07:53.890-08:00"Numa separação, aquele que não ama é o que diz as coisas carinhosas" (Rubem Fonseca)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-M1Mr82Jc6jjNEm8E1GB_zzzCuavGjTEVWKgiJLCIKXJdkcdNRAnrZhrV2QwyBh2KcLx9WwgL18jE8LEzb67OI0cpJgPnLL7tCITEDGimLU7BN5M-TdxUMspluK9H_dDDm09nt5XsvKTY/s1600/Sapatos+e+p%25C3%25A9talas.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 298px; height: 317px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-M1Mr82Jc6jjNEm8E1GB_zzzCuavGjTEVWKgiJLCIKXJdkcdNRAnrZhrV2QwyBh2KcLx9WwgL18jE8LEzb67OI0cpJgPnLL7tCITEDGimLU7BN5M-TdxUMspluK9H_dDDm09nt5XsvKTY/s320/Sapatos+e+p%25C3%25A9talas.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5715501994686553170" /></a><br /><br />- Você não entende. <br />- Não mesmo. Como alguém resolve terminar um relacionamento e inicia o discurso com um "eu te amo"?<br />- Você é mulher demais para qualquer homem.<br />- Fale por você. <br />- ...<br />- E vá embora com essas flores sem sentido. <br />- Mas eu as trouxe pra você.<br />- Então vá sem nada nas mãos, exatamente como chegou.Jôhttp://www.blogger.com/profile/17942716613389461643noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-2688531692283511520.post-21923612578084964902012-02-26T14:13:00.010-08:002012-02-26T15:37:48.988-08:00Dos Diálogos Memoráveis XVIII<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0DA3RnSHJBZkCYsCI0-JYLcDtLoOSghw7Ld9gHsUk4vbCe8VQxMXTAZRMXWVtHVTEEf1jKQtJnNnmy7awqFFvVrgRoJniUDUIwqeMyNARF7XbcujVnUFEs9ba2Ref6ejp2AKb0z4ID8_L/s1600/coracao+partrido.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 212px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0DA3RnSHJBZkCYsCI0-JYLcDtLoOSghw7Ld9gHsUk4vbCe8VQxMXTAZRMXWVtHVTEEf1jKQtJnNnmy7awqFFvVrgRoJniUDUIwqeMyNARF7XbcujVnUFEs9ba2Ref6ejp2AKb0z4ID8_L/s320/coracao+partrido.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5713580483984333250" /></a><br /><br /><br />Duas amigas: uma romântica e uma nem tanto, sexta à noite:<br /><br />(...)<br />- É, minha amiga, as pessoas andam tão previsíveis que até eu, que não gosto de surpresas, ando querendo ser surpreendida, só pra variar. <br />- Nem me fale. <br />- Eu tenho a sensação de um déjà vu ininterrupto. É tudo sempre mais do mesmo. <br />- O romantismo está fora de moda, amiga.<br />- Tu dizendo isso? <br />- É.<br />- Ah, não, eu sempre me orgulhei de conhecer a última das românticas!<br />- Não conheces mais. Juro que se alguém que me tratasse bem e eu gostasse me pedisse em casamento hoje, eu aceitaria. Perdi aquela ideia de que o amor suporta tudo e basta para manter as relações. Não penso mais assim.<br />- Ei, esse discurso é meu. Nossa, meu mundo caiu.<br />- Ô, amiga, te frustrei, né?<br />- É, eu poderia até não ser praticante frequente do romantismo, mas era bom saber que ele estava por aí... Agora não sei o que sobra de bom. Definitivamente mulheres românticas estão saindo de linha. Aos interessados, em breve, só restarão os antiquários. Que triste... Vou ali tomar um cianureto e já volto. <br />- Dramática! <br /><br />************************<br /><br />A ex-romântica em questão é Vanessa Raiol, que escreve o Mosaico e, inclusive, escreveu um post sobre o mesmo tema, provavelmente, inspirada pelo diálogo acima.<br />Não consegui linkar, mas aí está o endereço do post (pra copiar e colar na barra de endereços do navegador): <br />http://mosaicodavanessa.blogspot.com/2012/02/os-opostos-se-distraem-os-dispostos-se.htmlJôhttp://www.blogger.com/profile/17942716613389461643noreply@blogger.com4