segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Dos Diálogos Memoráveis VI*



- Você sabe que eu nunca te esqueci.
- Sei?
- Já faz dois anos e isso não muda. Não achas que isso significa alguma coisa?
- Deve significar...
- Mas nada que importe ou que você acredite, não é?
- Não dá pra acreditar em você.
- Esse sempre foi o seu problema.
- Era só você não ter aberto precedentes, que eu não teria razões pra pensar assim, certo?
(silêncio)
- Eu tenho um tesão absurdo por ti, sabes disso, mas juro que não queria te levar pra cama agora. O que eu queria, de verdade, era que nós sentássemos num banco de praça qualquer e tu olhasses pra mim sem esse sorriso irônico no rosto por cinco segundos e acreditasse em algo que eu dissesse.

* Baseado num diálogo irreal.

16 comentários:

Anônimo disse...

Ai adooooro!!
Adoro esses diálogos.
Ouvir isso não seria nada mal, não é? rs
Inspirador, Jô.


beijos

Fláh disse...

Me senti num dejà vú agora, se não lesse isso, pareceria que falei estas palavras.

La Maya disse...

Como são complicados os relacionamentos...
Às vezes me canso, me desencanto de qualquer tentativa...

Mila disse...

Você pode, por favor, parar de postar diálogos baseados nas coisas que me acontecem?
rsrs
Brincadeira, Jô!
Um ex-namorado apareceu dia desses me dizendo mais ou menos isso.
"Saudade de você, blá blá blá, quero te ver, blá blá blá, sempre penso em você, blá blá blá..."
E eu: "Ah, é? Juuura? Não briiinca!"
***
Os pirulitos, não sei porque, mas estão meio encalhados no meu estoque. Ninguém mostrou interesse. Tão gostosinhos...
rsrs

Bjs

Anônimo disse...

Estou desenvolvendo uma teoria, de que o amor é algo leve, levíssimo, se carregado por duas pessoas. Mas tem um peso enorme quando é carregado por apenas uma só. Seu belo diálogo vem de encontro a minha teoria. Porque eu falaria isso, rs. Queria poder dizer "olhe em meus olhos" e encontre aqui a verdade. Mas, por causa de antecedentes - as vezes equivocados - as pessoas ficam tão cheias de reservas, de camadas, de proteção, que tem medo da entrega. C'est la vie.

E..."Mas sempre achei e continuo achando que a tristeza combina mais com a literatura, acho que são almas-irmãs que cometem incesto." isso merece um post.

Lais Mouriê disse...

Não, Jô. Foi baseado num fato real, mas da minha vida!!!! Perfeito!

(te linkei no mundo de Lá)

Mafê Probst disse...

faço das palavras do último diálogo, as minhas. (Não pra você, é claro.)

Salve Jorge disse...

Para se crer
Parece crer
Padece ser
Paredes a ter
Partes dessa terra
Desterro
Párias
Detém
Para crer
Pare de querer
Par ido
Partido
Parece ter tido
Findo...

Luizg. disse...

acho que eu já te disse o quanto esse diálogo me diverte, né?

hehehe

fjunior disse...

mas o mundo é irônico... de vez em quando nos prega peças...

Vinícius disse...

.

o que é baseado no 'irreal' parece ter o mais profundo fundamento na realidade.

abraço

.

Mila disse...

É que é muita coisa na minha mente.
"minha mente gira como um ventilador" rs
Tenho que colocar tudo pra fora na hora que penso e depois tem os memes que vão me passando e eu me divirto fazendo. rs
Mas aí você pode acompanhar aos poucos, mesmo com um pouco de atraso, mas dá pra ir vendo um post hoje, outro amanhã... rs

Beijos

Mila disse...

rs
Boa sorte!
Vai com fé que um dia você consegue ler tudo de todo mundo. rsrs

Paulo Bono disse...

porra, realmente memorável.
abraço

Samantha Abreu disse...

êba!
tava querendo ler isso de novo!

adorei!

Juliana Almirante disse...

esse diálogos...
sei não

rs