sábado, 13 de abril de 2013
Dos diálogos imaginados
- Como podemos ser tão parecidos e tão diferentes?
- Não é bom que seja assim?
- Mas faz sentido?
- Precisa fazer?
- Por que você sempre me responde com outra pergunta?
- Porque as respostas não existem. Pronto, uma afirmação, para acalmar seu coração adepto da exatidão.
- Porém uma resposta evasiva.
- Verdadeira, entretanto.
- Não me acostumo com isso.
- Com isso o quê?
- Você é escorregadio demais.
- Me abrace e diga que me quer, eu fico.
- Este é o problema: nem sei se quero que você fique.
- Se você não quisesse, teria certeza. A dúvida já diz que quer.
Ela esboçou um sorriso triste e se deu conta de que ainda não havia feito as compras para o jantar. Abandonou seus pensamentos e foi cuidar do ordinário, já que o extraordinário só acontecia em seus pensamentos.
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5 comentários:
Pelo amor de Deus... Isso é colírio para os olhos. Jô, que saudade...que saudade. Metade disso eu responderia exatamente igual. Rs rs rs. E como sempre é difícil saber com quem concordar no final...
Delirante!
ô, Jô, bonito demais isso aqui.
A única certeza é que a dúvida não é exatidão. Há chances...
Um diálogo interessante.
Mas eu aprendi em pequeno que era falta de educação responder a uma pergunta com outra pergunta... rsrs...
Jó, tem um bom fim de semana.
Beijo.
Como tudo na vida, depende do ponto de vista. Há muitas perguntas sem resposta mesmo.
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