A sensação de que o inquebrável foi trincado e está por estilhaçar-se. Ao mínimo sopro vulnerável. Quem disse que o amor a tudo suporta, certamente nunca amou. Nada é mais frágil que o amor.

Burocracia mode on

Há fases em que percebemos de maneira mais evidente as mudanças que sofremos. A última de que me dei conta é que perdi completamente o romantismo profissional. Hoje em dia, parei de pensar em buscar uma profissão que me satisfaça e passei a notar que o que nos satisfaz depois dos 25 anos é ter dinheiro. Até então não entendia um amigo que desde a universidade dizia que o que ele queria era ganhar bem e ficar atrás de uma mesa com papéis e carimbos. E acho que é bem por aí mesmo. Ganhando bem, posso fazer os cursos de cinema, fotografia, canto, pintura etc. que sempre quis fazer e não tinha tempo e/ou dinheiro, além das viagens que sempre sonhei. Um emprego que proporcione tudo isso, fatalmente causará satisfação. Não sei se devo chamar tal constatação de amadurecimento ou de desencanto, mas sei que é atrás disso que estou agora.

Mulheres de Chico

Como sou uma mulher de Chico faz tempo, me engracei profundamente ao conhecer, no Rio, em 2009, o grupo Mulheres de Chico no bar Estrela da Lapa. Elas são de uma graciosidade ímpar. Arranjam e cantam músicas de Chico Buarque em ritmo de samba, numa batucada frenética e contagiante, até pra alguém que nasceu como eu, com dois pés esquerdos, e que não sabe definitivamente dançar.


Quando o Hangar - Centro de Convenções fez uma enquete no twitter de quem deveria ser chamado para os shows de Natal, mobilizei um bando de gente pra pedir que elas viessem. E nem sabia se elas faziam (ou já haviam feito) shows fora do Rio. Funcionou. E foi lindo e mágico.

Quem se interessar pelo trabalho das moças, dá um pulo no youtube, que tem vários vídeos lá e tem também o site e o blog delas. Fica a indicação.